As vídeo-chamadas em plena pandemia reduziram significativamente as reuniões presenciais e viagens de negócios por motivos óbvios de distanciamento social. Mas essa é uma tendência que pode se estender até mesmo após a era Covid. Entenda no artigo!
Segundo a consultoria Bain & Company, estima-se um recuo definitivo de 35% no segmento de viagens corporativas mesmo no pós-pandemia. Com a redução da necessidade de deslocamento, outros setores como os de companhias aéreas e hotéis também deverão ser afetados por esse fenômeno contemporâneo que o coronavírus criou: o chamado Efeito Zoom!
Com a facilidade de reunir colaboradores em reuniões de negócio via videoconferências, empresas e profissionais do meio corporativo viram que, cada vez mais, as viagens de negócio muitas vezes não valiam o tempo perdido, o esforço aplicado e, claro, o preço cobrado.
E mais: o efeito que os deslocamentos excessivos causavam no físico e na mente dos profissionais também foram questionados. Sabe aquela famosa piada da reunião que poderia ter sido resolvida por e-mail? Agora, elas também podem ser resolvidas em vídeo-chamadas com a mesma eficiência de uma reunião presencial!
O Wall Street Journal também conduziu uma pesquisa sobre o tema, e concluiu que de 19% a 36% das viagens de negócios irão desaparecer após a pandemia, confirmando que o Efeito Zoom veio para ficar.
O meio ambiente agradece o Efeito Zoom
Apesar do impacto negativo nos setores hoteleiro e de viagens aéreas, o Efeito Zoom acaba também trazendo consequências positivas quando o assunto é sustentabilidade e meio ambiente.
As viagens de negócios criam, inevitavelmente, pegadas climáticas profundas. Viagens aéreas nos EUA, por exemplo, são responsáveis por 3 a 4% da emissão de gases do efeito estufa. Com a redução das viagens, as empresas reduzem também suas pegadas de carbono, o que as ajuda a estarem mais alinhadas a metas de sustentabilidade tão bem vistas pelo mercado, investidores e consumidores.
A ideia é que isso faça com que as organizações pensem bem sobre a necessidade real de viagens de negócios.
Até o mercado da beleza entrou nessa equação
Outra consequência interessante que o Efeito Zoom trouxe foi o aumento da autocrítica sobre a aparência. Isso mesmo! Como nunca antes, os profissionais foram “obrigados” a se verem mais durantes as vídeo-chamadas.
Afinal, estão na frente de uma câmera e podem se enxergar durante todo o tempo de uma reunião, observando seus próprios gestos, pele, cabelo, roupa, etc. Encarar o próprio rosto por tanto tempo nos fez ainda mais conscientes sobre nossa aparência, e o mercado de beleza só tem a ganhar com isso.
Uma pesquisa do banco BTG Pactual revelou que, durante a quarentena, o termo skincare teve um aumento de 66% nos sites de busca.
Uma oportunidade para repensar
De qualquer forma, o Efeito Zoom pode forçar uma mudança de pensamento nos setores afetados negativamente por ele. Hotéis e companhias áreas, por exemplo, podem repensar programas de fidelidade com a mudança de perfil dos clientes. Isso porque, com a redução das viagens de negócios, as pessoas poderão viajar mais a passeio.
Segundo uma pesquisa da SAP Concur, 90% dos viajantes de negócios afirmaram que estão mais propensos a juntar o tempo de férias pessoais com viagens de negócios.
A ideia é oferecer aos clientes vantagens mais flexíveis para que possam ser usadas em qualquer época do ano.
Mais um item para a crescente lista do “novo normal”
Se o Efeito Zoom chegou para ficar, ainda é cedo para saber. Mas definitivamente vemos no nosso dia a dia que as videoconferências trazem mais praticidade e agilidade às reuniões, além da redução de custos e da economia de tempo, algo que aprendemos a valorizar muito com nossas vivências de Home Office.
A verdade é que encontrar o equilíbrio entre o presencial e o virtual será um dos muitos desafios do “novo normal”, e cada empresa deverá pesar os prós e contras para sua rotina.
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